A convicção nas possibilidades de vitória portuguesa na Turquia está presente na avaliação do potencial atual da equipa lusa feita pela internacional Cláudia Correia. A primeira-linha de Portugal – que atua no Stryn, da Noruega – acredita ser possível repetir no domingo em Ankara o êxito de São Pedro do Sul. “Temos condições para voltar a ganhar. Vai ser mais difícil porque elas vão ter o público a favor delas, mas estamos muito unidas e vamos dar o nosso melhor”, afirma.
Esta confiança deriva também da noção de que a equipa portuguesa pode render ainda mais, sobretudo no capítulo ofensivo. Com essa margem para melhorar, é de esperar um jogo ainda mais consistente em Ankara. “É verdade que precisamos de corrigir alguns erros, principalmente no ataque. Mas evoluímos muito, sobretudo na defesa, e conseguimos manter-nos unidas. Se conseguirmos corrigir esses erros temos boas hipóteses de vencer lá”, sustenta Cláudia Correia.
Perspetiva idêntica tem o treinador Ulisses Pereira: “Ofensivamente, quer no ataque organizado quer em transições rápidas, não fizemos tudo o que sabemos. As turcas são muito sólidas naquele 6-0 e nós tínhamos ainda mais limitações do que é normal na nossa primeira linha. Precisamos de mais jogo de pivô e de mais penetração aos seis metros”, preconiza o selecionador.
“Defensivamente fizemos um jogo fantástico”, elogia Ulisses Pereira, que aborda o jogo da capital turca. “Sinto que as jogadoras acreditam cada vez mais. O jogo com a Dinamarca foi um “click” e mostrou-nos que é possível jogarmos ao mais alto nível. Este é um grupo muito, muito unido. Sinto o grupo com uma união como ainda não tinha visto. Apoiam-se imenso umas às outras e na Turquia isso vai ser decisivo.”
O treinador passa ainda uma mensagem para o seio do grupo: conta com a totalidade das convocadas. “Há duas ou três jogadoras que não jogaram aqui e que vão jogar na Turquia. Este é um grupo largo e confio em todas. Neste jogo houve uma grande rotação na primeira parte que nos permitiu aguentar o jogo na segunda parte e tenho a certeza que a equipa não se vai ressentir do esforço”, conclui Ulisses Pereira.