Sónia Reis anuncia fim de carreira
03/05/2016

Basquetebolista confirma à WUP Sports o final de um percurso brilhante

Sónia Reis anuncia fim de carreira

Aos 32 anos, a internacional Sónia Reis, poste do Quinta dos Lombos, dá por concluída a sua carreira, depois de um trajeto invulgar e de grande qualidade, sobretudo em Espanha. Vice-campeã nesta época (2015/16), promete continuar ligada ao basquetebol e não se arrepende de ter recusado a possibilidade de ir para os EUA.

Em declarações à WUP Sports, Sónia Reis mostra-se confiante no valor das jovens jogadoras portuguesas, mas lembra que para singrar na modalidade não basta o talento, é preciso muito trabalho e dedicação.

WUP Sports: Terminou a época como uma das jogadoras portuguesas com melhor rendimento na Liga. Não ponderou prolongar a carreira?

Sónia Reis: Não, de todo. Esta decisão estava tomada desde o início da época. O facto de não ter podido jogar sempre e de ter sido obrigada a faltar a treinos apenas veio reforçar essa decisão. Mas creio que terminei no melhor grupo e no melhor clube possível.

WS: Esteve muito perto de jogar a final four da Euroleague pelo Ros Casares Valência, depois veio a lesão no joelho, mas consegue eleger aquele que terá sido o melhor momento da sua carreira?

S.R.: Foram tantos bons momentos. Sinceramente não consigo escolher um. Acho que tomei uma decisão muito importante ao ir jogar para Espanha. Muitas pessoas não entenderam a minha opção, tendo a possibilidade de ir jogar nos Estados Unidos e hoje tenho a convicção que se tratou da decisão certa. Evoluí muito em Espanha. O jogo americano é muito diferente, nem todas se conseguem adaptar e regressam sem ter atingido aquilo que pretendiam. A minha experiência em Espanha foi fantástica e não apenas do ponto de vista profissional, mas também pessoal.

WS: Fez estas últimas três épocas no Quinta dos Lombos, muito por influência do treinador José Leite…

S.R.: Sim e foi ótimo perceber que passados estes anos era tudo igual em termos de personalidade. Além disso, esta é uma equipa que até pode ter alguns problemas fora do campo, mas quando chega a altura dos jogos é extremamente unida. Sabe controlar as suas emoções e fazer a distinção. É normal que essa união transpareça e dê resultados.

WS: Como avalia o atual patamar de qualidade da Liga e da jogadora portuguesa?

S.R.: Em relação há dez anos, há algo de positivo que é o facto de as jovens terem mais oportunidades, de poderem integrar as equipas mais cedo. Globalmente, acho que a Liga tinha mais qualidade há uma década. Diria aquilo que disse também quando me despedi das minhas colegas. Acho que existe muita gente com grande talento, mas há pouca gente que trabalha. E o talento sem trabalho não permite evoluir. É bom que Portugal esteja num Campeonato do Mundo sub17 e estas jovens podem chegar muito longe, confio nisso, mas terão mesmo de se dedicar ao basquetebol.

WS: A Sónia vai continuar ligada ao basquetebol?

S.R.: Sim, de certeza. Ainda há hipóteses a estudar, mas vou certamente manter-me ligada ao basquetebol.

 

 

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