As jogadoras dos EUA avançaram esta quinta-feira com um processo judicial contra a entidade que regula o futebol nos Estados Unidos, a U.S. Soccer, denunciando a discriminação entre os salários dos homens e das mulheres. Carli Lloyd, Alex Morgan e Hope Solo têm os seus nomes ligados a esta queixa.
Trata-se de um processo sem precedentes, submetido à Comissão de Igualdade de Oportunidade de Emprego. A recente apresentação do orçamento da U.S. Soccer, onde se evidencia um claro favorecimento salarial dos praticantes masculinos, foi mais um argumento para esta ação federal.
Sucede que nos Estados Unidos a popularidade das equipas, sobretudo da seleção feminina, supera largamente a das masculinas. Recentes estudos de mercado apontam inclusive para uma notoriedade das principais estrelas do futebol feminino dos EUA só comparável à da tenista Serena Williams.
Esta manhã, a Jogadora do Ano FIFA 2015, Carli Lloyd, comentou o assunto referindo sucintamente que “a disparidade entre os salários é demasiado grande”, enquanto outra estrela da seleção, Megan Rapinoe, emitiu um comunicado denunciando que “a Federação mostra não ter qualquer intenção de pagar o mesmo por um trabalho igual”.
Também Hope Solo falou a uma estação de rádio e defendeu o seu ponto de vista: “Continuam a dizer-nos que deveríamos estar felizes por ter a oportunidade de jogar a um nível profissional. Neste tempo, isto é sobre a igualdade. Queremos ser tratadas com respeito”, exigiu.
Este processo vem também na sequência de outras discrepâncias, relacionadas com as condições de viagem e alojamento e dos próprios estádios. As jogadoras consideram que têm sempre menos meios do que os jogadores.