As duas equipas melhor classificadas do voleibol nacional voltam a cruzar-se este domingo, às 15 horas, no Pavilhão do Colégio de Ermesinde. O Famalicão AVC ganhou o primeiro “round”, no Pavilhão Lameiras, mas cabe agora ao Porto Vólei usufruir do fator casa. O play-off da Divisão de Elite promete grande espetáculo.
Em declarações à WUP Sports, os treinadores de ambas as formações convergem ao considerar que a chave desta decisão assenta em dois fatores cruciais: “consistência e disciplina tática”. O respeito e os elogios à qualidade do adversário são outro denominador comum nos discursos de Manuel Almeida e Óscar Barros – técnicos do Porto Vólei e do Famalicão AVC, respetivamente.
“Sempre soubemos que o Famalicão iria aparecer bem no final da temporada e que o nosso percurso na fase regular valeria de muito pouco. Eles têm o seis mais forte do campeonato, mas nós também temos as nossas armas e já passámos por situações de desvantagem em anos anteriores, começando a perder com o Ribeirense e com o Leixões, e conseguimos dar à volta e vencer. É isso que pretendemos esta época”, avança Manuel Almeida.
Para além da referida disciplina tática, o técnico do Porto Vólei enfatiza a necessidade de eficácia do conjunto por si comandado. “Teremos de ter a capacidade de ser consistentes e agressivos, potenciando o nosso poder de ataque.” Ultrapassadas algumas limitações de índole física no seu plantel, Manuel Almeida acredita que a equipa está preparada para melhorar em relação aos desempenhos coletivos nos últimos jogos e ultrapassar as minhotas.
Por sua vez, Óscar Barros, treinador do Famalicão AVC, mostra idêntico respeito pelo poderio das portuenses, valorizando, porém, o triunfo no primeiro jogo do play-off. “Foi importante ter vencido frente a uma equipa muito forte e muito habituada a estas decisões. O Porto Vólei é uma equipa sempre muito motivada e que tem feito um trabalho de grande qualidade”, releva o técnico.
“Vamos voltar a ter um confronto de estratégias em que será importante a consistência e a disciplina tática”, antevê Óscar Barros. “Temos um projeto para três anos e as nossas atletas têm-se superado, conseguindo potenciar a sua qualidade”, avalia. Em relação à circunstância da equipa ter conseguido sobrepor-se em momentos decisivos – sobretudo na Taça de Portugal frente ao Ribeirense e ao Leixões -, o técnico considera que “o Famalicão tem um grupo com um contexto único no vólei português que ajuda a explicar essa superação”.